sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Já não somos mais as mesmas

Hoje, te vejo sozinha procurando sempre atenção, principamente a minha, mas algo me faz não sentir a pena que muita gente sente de ti.
Como sentir pena de alguém que mente? Tu construiu um muro de mentiras e elas já duram dezessete anos pra ti, onze pra mim. Percebia tua mentirinhas bobas, fingia que não via, esquecia. Fiz isso o tempo todo!
Aí tu mente sobre mim, que sempre "acobertei" erroneamente tua mentiras. Foi a gota d'água...
Sei que a tua estrutura familiar é podre e isso me entristece e me faz realmente sentir pena de ti, mas tu estar sozinha agora é apenas consequência de todo o buraco que tu foi cavando por todos esses anos. Sem querer, tropeçou em ti mesma e caiu nesse buraco, mas agora não há mais ninguém pra te salvar.
Eu já não alcanço tuas mãos pra te puxar, é fundo demais. E pensando bem, será mesmo que eu salvaria se tivesse como? Todos os sentimentos que um dia senti e nutri por ti viraram pedra.
É estranho pensar que depois de tanto tempo, viramos meras estranhas, repetindo assuntos por não ter mais sobre o que conversar. Falo contigo por educação e isso é mais triste ainda.
De todo esse sentimento de amizade e irmandade que sentíamos, só me sobrou a indiferença.
É indiferente falar contigo, te ver, saber se tu está bem ou não...
O contrário do amor, realmente, é a indiferença!
A minha melhor amiga se tornou uma simples colega, que sumirá da minha rotina assim que acabarem as aulas, mesmo morando à dois minutos de distância.
Nada mais faz sentido quando estamos juntas. O silêncio nos constrange. Mais à ti que à mim, mas é incômodo.
Torço à cada dia mais para que o ano acabe e eu não precise mais usar tanto da minha educação e senso, contigo.

E depois disso tudo, chego à triste conclusão de que não sinto a tua falta.
Boa sorte com o fundo do poço!

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