sábado, 21 de agosto de 2010

Baile de máscaras sem máscara

Pediu tanto para que aquele baile de máscaras acabasse logo, que acabou sendo atendida...

Todos vão deixando as máscaras caírem aos pouquinhos.
Ela sente a dor de ver que era tudo mentira. Vê rostos desconhecidos, feios. Não sabe em que e em quem ainda pode acreditar. Sonhou tanto com isso, mas nunca imaginou que doeria tanto.
Então se "agarra" com todas as suas forças à aquelas pessoas que estiveram sem máscara a festa inteira, mas que só percebera agora, pois o número absurdo de máscaras usadas fez com que ela não enxergasse mais nada. Agora a veem como errada. Se o baile era de máscaras, logo, ela devia estar mascarada, mas por algum motivo não estava. E julgam-na por isso.

Sem entender, todas as noites ela chora e torce pra que esse pesadelo acabe.
Acredita que quem deveria chorar são os mascarados que mal sabem quem são, mas ela sempre fez tudo ao contrário do que acreditou.

Anda tão difícil chamar alguém de amigo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ela não faz ideia

Ela só queria que tudo fosse como era antes. Desejava, de verdade, que as pessoas não mudassem tanto assim e ficou sem entender, quando aconteceu. Ela queria ter o mesmo valor que tinha antes, mas perdeu por algum motivo torpe que sequer faz ideia. Mudou forçadamente, não queria.

Foi necessário, mas ela ainda não entendeu...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O oposto

Sou o oposto de mim mesma.
Me "entrego" facilmente às pessoas. Digo entregar no sentido de amizade, mesmo. Mas o que não faz sentido é que eu não confio nas pessoas.
Posso dizer ou demonstrar confiança, mas quando eu estiver sozinha, certamente ficarei em dúvida sobre qualquer coisa que tenham me dito.
Não confio nos sentimentos das pessoas em relação à mim. Eu posso considerar o meu melhor amigo, mas sempre terei dúvidas se eu sou tudo aquilo que essa pessoa é pra mim.
Também tenho medo da imagem que eu passo...
Eu cresci brincando na rua e tinha muitos AMIGOS.
Aprendi a conviver sem me importar com o que falavam dos meus pais por me deixarem ser assim, pois sabia que não fazia sentido algum. Mas tinha um medo absurdo do que pensavam de mim.
E é o que eu sinto até agora. Não mais pelos meninos, até porque muitos nem falo mais. Mas com relação à qualquer coisa que eu faça. Me preocupo demais com o que possam falar de mim e sei que isso é errado.
Eu não deveria me importar e nem temer nada.
Sempre falamos que não devemos nos importar com o que os outros pensam. Muitas vezes dizemos que não estamos nem aí, mas a verdade é que não é bem assim...
Precisamos saber o que somos para o "mundo". Isso é um fato, mesmo que muito digam que não são assim.


Preciso me importar menos.
Preciso parar de pensar besteira.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Se indo aos pouquinhos...

Ela me disse que sente minha falta, porque nunca será como um dia foi.
Acontece que as coisas mudam, sem nem a gente perceber. Sem ao menos dar tempo de exigir uma explicação do destino.
Ela era a minha melhor amiga.
Não sei a partir de que momento ela passou a ser só mais uma amiga e também não tenho vontade de lembrar.
Sei que dói saber que mudamos. Ela mais do que eu, mas sei que ela JAMAIS admitiria isso.
É do tipo que gosta de jogar a culpa de tudo, em alguém.
Ela ainda é a minha amiga, ainda compartilhamos nossas vidas, mas agora não faz tanto sentido como antes.
Não tem toda aquela empolgação ao contar uma novidade, uma notícia boa.
Já não gostamos mais das mesmas coisas e a novidade se torna chata para ambas as partes.
Moramos à uma rua de distância, mas o que fica distante é o que tá aqui dentro. Estamos longe, mesmo sem querer... Sempre perto e sempre tão longe.

Quando nos damos conta, a saudade já chegou e não faz questão alguma de ir embora.
Acho que a amizade que acaba aos pouquinhos dói mais ainda. A cada dia se vai um pedaço, até chegar o dia em que o "oi" vai ser o único diálogo.

Não dá mais pra voltar. Mudamos demais. Quando os pedaços se esgotarem, restará cada lembrança dentro de mim e isso, felizmente, nada poderá apagar.

domingo, 1 de agosto de 2010

Her day Will Come - Mallu Magalhães

"Ela não tem dinheiro para apostar
Mas ela poderia ser uma apostadora
Ela ainda não é famosa,
Mas ela poderia cantar seu boogie


Ela está escondendo todos os seus chicletes
Tentando encontrar um amigo verdadeiro
Ela sabe mais que todo mundo
Que o dia dela vai chegar
O dia dela vai chegar


Ela tem um celular antigo
Mas que recebe ligações
Ela tem um sorriso bonito,
Mas ninguém lhe estende a mão
Quando ela cai


Ela está escondendo todos os seus chicletes
Tentando encontrar um amigo verdadeiro
Ela sabe mais que todo mundo
Que o dia dela vai chegar
O dia dela vai chegar


Ela tem um rosto bonito,
Simplesmente esperando por um beijo
Ela tem sua própria simpatia sexy
Mas ela nunca esteva na lista das mais quentes


Ela está escondendo todos os seus chicletes
Tentando encontrar um amigo verdadeiro
Ela sabe mais que todo mundo
Que o dia dela vai chegar


Ela está escondendo todos os seus chicletes
Tentando encontrar seu charme verdadeiro
Ela sabe mais que todo mundo
Ela, eu tenho certeza, o dia dela vai chegar


Ela está vivendo dias confusos, ela escreve, eles apagam
Então ela prefere caneta marca texto
E de dormir às 10
Para acordar e ver o sol enquanto...


Ela escolhe seus chicletes
Procurando por um amigo de verdade
Ela sabe mais do que qualquer um
Que seu dia vai chegar"


Eu SEI mais do que qualquer um que o meu dia VAI chegar!