quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pedra

Desde criança, sempre fui o patinho feio da turma, mesmo não concordando com isso, mas era o que acontecia. Com o tempo foi diminuindo, mas ainda assim eu sabia que era o que ainda me consideravam.
Nunca entendi o motivo disso, até hoje não entendo...
Me desculpem se me tornei fria demais, se às vezes pareço não ter mais sentimentos! A verdade é que eu sinto demais, mas não vejo sentido e nem motivos pra mostrar isso para as pessoas. Ninguém se importa.
Não gosto de fazer cena, por isso, raramente, toco nesse assunto. Até porque ele não me faz muito bem, mas precisei "falar".
Sinto que preciso provar, o tempo todo, pra mim mesma que posso ser e fazer o que eu quiser, apesar de todas as pessoas que torcem pra tudo dar errado.
Queria passar pra parte boa disso tudo, de uma vez.

Será mesmo que tudo tem um motivo?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Já não somos mais as mesmas

Hoje, te vejo sozinha procurando sempre atenção, principamente a minha, mas algo me faz não sentir a pena que muita gente sente de ti.
Como sentir pena de alguém que mente? Tu construiu um muro de mentiras e elas já duram dezessete anos pra ti, onze pra mim. Percebia tua mentirinhas bobas, fingia que não via, esquecia. Fiz isso o tempo todo!
Aí tu mente sobre mim, que sempre "acobertei" erroneamente tua mentiras. Foi a gota d'água...
Sei que a tua estrutura familiar é podre e isso me entristece e me faz realmente sentir pena de ti, mas tu estar sozinha agora é apenas consequência de todo o buraco que tu foi cavando por todos esses anos. Sem querer, tropeçou em ti mesma e caiu nesse buraco, mas agora não há mais ninguém pra te salvar.
Eu já não alcanço tuas mãos pra te puxar, é fundo demais. E pensando bem, será mesmo que eu salvaria se tivesse como? Todos os sentimentos que um dia senti e nutri por ti viraram pedra.
É estranho pensar que depois de tanto tempo, viramos meras estranhas, repetindo assuntos por não ter mais sobre o que conversar. Falo contigo por educação e isso é mais triste ainda.
De todo esse sentimento de amizade e irmandade que sentíamos, só me sobrou a indiferença.
É indiferente falar contigo, te ver, saber se tu está bem ou não...
O contrário do amor, realmente, é a indiferença!
A minha melhor amiga se tornou uma simples colega, que sumirá da minha rotina assim que acabarem as aulas, mesmo morando à dois minutos de distância.
Nada mais faz sentido quando estamos juntas. O silêncio nos constrange. Mais à ti que à mim, mas é incômodo.
Torço à cada dia mais para que o ano acabe e eu não precise mais usar tanto da minha educação e senso, contigo.

E depois disso tudo, chego à triste conclusão de que não sinto a tua falta.
Boa sorte com o fundo do poço!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Livre de qualquer padrão

   Tem como sentir saudades de alguém que nunca existiu? Ah, tem. Na verdade não é saudade de alguém, é saudade de sentir algo por alguém. Olhar para os lados e ver que se está realmente sozinha, é frustrante.
   Dá vontade de compartilhar, planejar, sonhar... E saber que não tem ninguém pra realizar esse desejo, às vezes, entristece.
   Crio fantasias com as pessoas erradas, pensando que talvez esteja sentindo algo, mas não é nada além de vontade. E elas passam tão rápido que não dá nem pra me iludir direito.
    Preciso parar de imaginar! Será que o destino pode me apresentar pra ele? Meu coração pode tratar esse astigmatismo, ou seja qual for o problema de visão que ele tenha?
     Quero te encontrar, mesmo sem te conhecer. Ninguém consegue viver sozinho, por mais que tente se provar o contrário. Eu sempre tento me provar, mas caio na real de que não sei me convencer. O futuro demora tanto pra chegar...

domingo, 12 de setembro de 2010

Não que não faça mais sentido

Meu coração vazio, procurando alguém, me engana toda vez...
Às vezes te enxergo de um jeito que não queria e sei que a culpa é da carência.
Penso diversas vezes que PRECISO me afastar, mas não consigo. É praticamente impossível ou então, lá se vão meus fins de semana.
Sinto uma saudade descomunal de 2008. Foi o meu primeiro ano no colégio, conheci tanta gente e vivia outra vida. Uma vida que era, realmente, minha.
Não gosto de ter que fazer um papel bonitinho, por medo do que vão pensar de mim.
Naquele ano, fui apenas eu mesma e fui feliz!
Ainda sou a mesma, mas penso muito em coisas desnecessárias.
Sei que não preciso interpretar, mas às vezes interpreto. Sei que me afastei um pouco, mas não dá pra voltar atrás. Tá, tudo bem! Admito, posso ter mudado um pouco, por necessidade.
Mesmo que essa mudança não me faça mais tão feliz...

Talvez algum dia em um futuro próximo (espero eu) tudo faça todo o sentido que tá faltando agora.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ela tem capacidade

Ela cansou de se incomodar, cansou de se cansar...
Ela ainda se machuca, diariamente, mas ninguém sabe, ou fingem não notar.
Por vezes ignora quem a faz sentir-se assim.
Joga as críticas negativas no lixo, mas ainda assim se entristece.
Não admite que julguem-na como louca, por seguir sonhos difíceis, mas é ferida a cada vez que vê o número absurdo de pessoas que não acreditam em sua capacidade de realizar.
Há um turbilhão de coisas passando por sua cabeça, parece que carrega uma mochila, com chumbo, nas costas. Tem medo do futuro, das responsabilidades que a aguardam e se esforça pra não acreditar na incredibilidade das pessoas.
Ela só queria que fosse tudo mais fácil, se pudesse escolher, queria não crescer nunca.
Ela precisa escolher e correr  atrás. Tá difícil, mas ainda assim, pretende mostrar pra todos que aquilo que era loucura, que não fazia sentido algum, deu certo. Ela precisa disso pra ser feliz!

sábado, 21 de agosto de 2010

Baile de máscaras sem máscara

Pediu tanto para que aquele baile de máscaras acabasse logo, que acabou sendo atendida...

Todos vão deixando as máscaras caírem aos pouquinhos.
Ela sente a dor de ver que era tudo mentira. Vê rostos desconhecidos, feios. Não sabe em que e em quem ainda pode acreditar. Sonhou tanto com isso, mas nunca imaginou que doeria tanto.
Então se "agarra" com todas as suas forças à aquelas pessoas que estiveram sem máscara a festa inteira, mas que só percebera agora, pois o número absurdo de máscaras usadas fez com que ela não enxergasse mais nada. Agora a veem como errada. Se o baile era de máscaras, logo, ela devia estar mascarada, mas por algum motivo não estava. E julgam-na por isso.

Sem entender, todas as noites ela chora e torce pra que esse pesadelo acabe.
Acredita que quem deveria chorar são os mascarados que mal sabem quem são, mas ela sempre fez tudo ao contrário do que acreditou.

Anda tão difícil chamar alguém de amigo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ela não faz ideia

Ela só queria que tudo fosse como era antes. Desejava, de verdade, que as pessoas não mudassem tanto assim e ficou sem entender, quando aconteceu. Ela queria ter o mesmo valor que tinha antes, mas perdeu por algum motivo torpe que sequer faz ideia. Mudou forçadamente, não queria.

Foi necessário, mas ela ainda não entendeu...