sábado, 21 de agosto de 2010

Baile de máscaras sem máscara

Pediu tanto para que aquele baile de máscaras acabasse logo, que acabou sendo atendida...

Todos vão deixando as máscaras caírem aos pouquinhos.
Ela sente a dor de ver que era tudo mentira. Vê rostos desconhecidos, feios. Não sabe em que e em quem ainda pode acreditar. Sonhou tanto com isso, mas nunca imaginou que doeria tanto.
Então se "agarra" com todas as suas forças à aquelas pessoas que estiveram sem máscara a festa inteira, mas que só percebera agora, pois o número absurdo de máscaras usadas fez com que ela não enxergasse mais nada. Agora a veem como errada. Se o baile era de máscaras, logo, ela devia estar mascarada, mas por algum motivo não estava. E julgam-na por isso.

Sem entender, todas as noites ela chora e torce pra que esse pesadelo acabe.
Acredita que quem deveria chorar são os mascarados que mal sabem quem são, mas ela sempre fez tudo ao contrário do que acreditou.

Anda tão difícil chamar alguém de amigo.

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